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Estado de Minas CHECAMOS

Publicações atribuem erroneamente à China a origem das gripes aviária, suína e do H1N1 4a3r6w

Nem todos os surtos listados nas publicações viralizadas tiveram origem na China continental 221v4p


10/06/2021 21:24 - atualizado 10/06/2021 21:24

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Captura de tela feita em 7 de junho de 2021 de uma publicação no Instagram
Captura de tela feita em 7 de junho de 2021 de uma publicação no Instagram
“Todos os 4 vírus vem da China! Coincidência ou tudo planejado">
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  • As postagens, que voltaram a circular em maio de 2021 (1, 2), também foram encontradas no Instagram (1, 2, 3) e no Twitter (1, 2, 3).

    Mas nem todos os surtos listados nas publicações viralizadas tiveram origem na China continental.

    “Gripe viária de 2006 na China”: Enganoso 322k1h

    Em 2006 houve o surto da chamada gripe aviária, que afetou países como Turquia, China e Indonésia, causada pelo vírus H5N1, como indica a Organização Mundial da Saúde (OMS).

     

    Sua origem data de 1997 na ainda colônia britânica de Hong Kong, quando uma cepa do vírus influenza que no início infectava apenas aves foi associada à contaminação de humanos, segundo um relatório dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).

     

    Em maio de 1997, quando o primeiro caso foi detectado, Hong Kong ainda era uma colônia do Reino Unido, que devolveu o controle do território à China em 1º de julho de 1997, após cerca de um século e meio de colonização.

     

    A informação foi reiterada à AFP pela integrante do Comitê de Imunização da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Rosana Richtmann em uma verificação anterior publicada pelo AFP Checamos. 

     

    “Eles têm a mesma origem [o vírus de 1997 e o da gripe aviária], não é necessariamente igual, mas a origem é a mesma”, afirmou em conversa telefônica.

     

    Em reação ao aumento de casos naquele ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a importação e comercialização “de carcaças inteiras, cortes, miúdos, produtos cárneos industrializados, ovos e penas de aves” provenientes de países em que o vírus estivesse ativo.

    “Gripe suína de 2010 na China”: Falso 512u4g

    A gripe suína, provocada pelo vírus A(H1N1), foi detectada inicialmente no México, entre março e abril de 2009.

     

    Como relatam os CDC, em março e início de abril de 2009 o México registrou surtos de doenças respiratórias e um aumento de pacientes com doenças semelhantes à influenza em diversas partes do país. 

     

    Em 23 de abril daquele ano, diversos destes casos foram confirmados em laboratório como infecções pelo vírus influenza A(H1N1) de origem suína.

    “A gripe suína, que eles estão colocando aqui como 2010, na verdade é 2009. O ano está errado e a gripe suína tem origem no México”, afirmou a infectologista Richtmann.

     

    O pneumologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) Rodolfo Behrsin detalhou: “A gripe suína começou no México quando ocorreu uma mutação do vírus influenza. Era uma gripe que ocorria em porcos e que ou para humanos”

     

    “Como era muito próximo aos Estados Unidos, entrou nos Estados Unidos pela região de San Diego e se espalhou pelo mundo”, assinalou.

     

    De fato, em 17 de abril de 2009, os CDC determinaram que dois casos de doenças respiratórias febris que afetaram crianças que moravam em regiões vizinhas no sul da Califórnia foram causadas por um vírus da influenza suína A(H1N1).

    “Vírus H1N1 de 2013 na China”: Falso 3qs27

    Neste caso não há um detalhamento específico de que doença teria sido causada, pois de acordo com a definição do Instituto Fernandes Figueira (IFF), “a gripe H1N1 consiste em uma doença causada por uma mutação do vírus da gripe”

     

    Seus sintomas “são bem parecidos com os da gripe comum e a transmissão também ocorre da mesma forma. O problema da gripe H1N1 é que ela pode levar a complicações de saúde muito graves, podendo ser fatal”.

     

    Os CDC indicam que existem quatro tipos de vírus da gripe - A, B, C e D -, sendo que “os vírus da influenza A são os únicos vírus de influenza conhecidos por causar pandemias de gripe”.

     

    Segundo o doutor Fernando Motta, vice-chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz, ao falar do vírus influenza A, há uma referência aos “diferentes subtipos classificados de acordo com as diferentes hemaglutininas e neuraminidases que estão presentes na amostra do vírus”.

     

    A instituição norte-americana ainda aponta que “atualmente os vírus da gripe A(H1N1) em circulação estão relacionados ao vírus da pandemia H1N1 de 2009 [...] Cientificamente chamado de ‘vírus A(H1N1)pdm09’, e comumente chamado de ‘H1N1 2009’, tem continuado a circular sazonalmente desde então”.

     

    Nos Estados Unidos, todos os anos há uma temporada conhecida por ter muitos casos de gripe e que é analisada pelos CDC. De fato, em 2013-2014 o vírus predominante no país foi o A/H1N1pdm09, causador da pandemia de 2009.

     

    Motta indica que os vírus influenza H1N1 foram reintroduzidos na década de 1970 e permaneceram circulando. Em 2009 ele é substituído por um outro vírus de influenza A, mas que é uma mistura de vírus proveniente de suínos, de aves e de humanos, gerando um outro vírus, H1N1 também, que vem de uma linhagem completamente diferente daquela do vírus da década de 1970, que, por coincidência, era do mesmo subtipo, H1N1”.

     

    “Nem todos os vírus H1N1 têm a mesma origem, eles podem ter origens distintas e terem essa configuração de hemaglutinina um e neuraminidase tipo 1 na superfície, por isso são chamados de H1N1”, continuou.

     

    Uma busca no Google pelas palavras-chave “2013 + H1N1”, por sua vez, não mostra qualquer resultado em termos de um surto viral que tenha atingido todo o planeta, a não ser o caso de gripe sazonal identificado pelos CDC nos Estados Unidos.

    “Coronavirus de 2020 na China”: Verdadeiro 5r1832

    Inicialmente chamado de novo coronavírus, este vírus provoca a covid-19, e foi efetivamente detectado na China no final de 2019.

     

    Pessoas cobrem o rosto com máscaras para se protegerem do vírus causador da gripe suína na Cidade do México, em 24 de abril de 2009 (Ronaldo Schemidt / Arquivo / AFP)
    Pessoas cobrem o rosto com máscaras para se protegerem do vírus causador da gripe suína na Cidade do México, em 24 de abril de 2009 (Ronaldo Schemidt / Arquivo / AFP)
     

    Em 31 de dezembro de 2019, autoridades chinesas reportaram à OMS casos de pneumonia de causa desconhecida registrados na cidade de Wuhan. 

     

    Em 3 de janeiro de 2020 já haviam sido registrados na China 44 casos, incluindo 11 graves, e uma semana depois, a Comissão de Saúde da cidade de Wuhan anunciou o primeiro óbito provocado “pelo misterioso surto de pneumonia que os especialistas atribuem a um novo vírus da família da SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave)”.

     

    Em 26 de fevereiro de 2020, o Brasil confirmou o primeiro caso de covid-19, que também se tornou o primeiro caso da doença na América Latina. Menos de um mês depois, em 17 de março, foi notificada a primeira morte em decorrência do coronavírus.

     

    Em março de 2021, a OMS publicou um relatório que não revela de forma definitiva qual foi a origem do vírus que causa a covid-19, e embora não existam novas evidências, os apelos para considerarem mais seriamente a hipótese de um acidente de laboratório em Wuhan estão aumentando.

     

    Até 9 de junho de 2021, haviam sido registrados mais de 173 milhões de contaminados pelo SARS-CoV-2 que contraíram a covid-19 e de 3,7 milhões de óbitos em todo o mundo.

     

    Leia mais sobre a COVID-19 1e4g4g

    Confira outras informações relevantes sobre a pandemia provocada pelo vírus Sars-CoV-2 no Brasil e no mundo. Textos, infográficos e vídeos falam sobre sintomas, prevenção, pesquisa e vacinação


    Quais os sintomas do coronavírus? 12631m

    Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
    • Febre
    • Tosse
    • Falta de ar e dificuldade para respirar
    • Problemas gástricos
    • Diarreia
    Em casos graves, as vítimas apresentam
    • Pneumonia
    • Síndrome respiratória aguda severa
    • Insuficiência renal
     

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