Eleições

Tadeuzinho desconversa sobre 2026 e cobra de Zema adesão imediata ao Propag

Presidente da ALMG afirmou que seu foco é solucionar a dívida de Minas com a União, mas ressaltou que também tem compromisso em fortalecer a legenda no estado

Publicidade
Carregando...

O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Tadeu Martins Leite (MDB), desconversou sobre uma possível candidatura ao governo de Minas e disse que seu foco hoje é aprovar a adesão do estado ao Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag). Na manhã deste sábado (14), durante convenção que reconduziu Newton Cardoso Júnior (MDB) ao comando da legenda, Tadeuzinho, como o deputado é conhecido no meio político, teve seu nome lançado como pré-candidato ao governo de Minas pelo comando do partido.

Ele cobrou do estado o início das tratativas para a adesão ao Propag, já aprovada pela ALMG, como forma de adiantar e facilitar as discussões futuras envolvendo os ativos que o governo estadual pretende apresentar para abater parte da dívida de R$ 170 bilhões de Minas com a União.


Em coletiva logo após a convenção do partido, ele reforçou que seu foco é a Assembleia e os 13 projetos de lei que precisam tramitar pelo Legislativo para que o estado possa aderir ao Propag. 

“Esse é o meu foco principal agora. Obviamente, sou filiado ao MDB desde 2005, e meu compromisso desde então é ajudar a fortalecer o partido, viajando pelo interior, conversando com os correligionários, com as pessoas, mostrando a importância de participarem da política.” 

Questionado sobre uma candidatura de centro que fuja da polarização que ronda hoje os pré-candidatos ao governo de Minas, o presidente da ALMG disse que essa é uma construção que precisa ser feita independentemente da candidatura, pois os “extremos fazem muito mal para o país”. Segundo ele, a intenção do MDB é construir um caminho pelo centro, como historicamente o partido sempre fez.

Também questionado sobre uma possível aliança em 2026 com o PSD, que tem como pré-candidato ao governo de Minas o senador Rodrigo Pacheco, de quem Tadeuzinho é próximo, o presidente da Assembleia desconversou e disse que as eleições de 2026 estão “muito distantes”. A campanha para o próximo pleito começa oficialmente em agosto do ano que vem, e até maio de 2026 as candidaturas devem estar registradas. As datas oficiais ainda não foram definidas pela Justiça Eleitoral. 

“Nós não temos candidatos postos ainda, nem pré-candidatos. E ainda falo muito abertamente que quem está pensando em 2026 está jogando no time errado. Eu acho que o time que nós temos que jogar agora é Minas Gerais. Nós precisamos da união de todos para tentar resolver o problema do nosso estado, que é a dívida de 170 bilhões de reais”, defendeu o presidente da ALMG, referindo-se aos valores do débito de Minas com a União.

Vetos 

Para ele, o Propag é a melhor maneira de resolver esse problema, mas, para isso, defende Tadeuzinho, é preciso diálogo com parlamentares de todos os campos e também entre os entes da federação.

Ele defendeu a derrubada dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Propag para facilitar a adesão dos estados ao novo modelo de refinanciamento das dívidas com a União. Esta semana, esteve em Brasília, juntamente com Zema, para tratar do assunto com a bancada mineira e também com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (partido), responsável por pautar essa votação.

“A derrubada dos vetos ajuda muito na discussão e, especialmente, a diminuir o valor anual da dívida. No dia seguinte, tive reunião com o presidente Lula também porque acho que devemos receber todos que visitam o nosso estado, obviamente, inclusive anunciando investimentos”, afirmou Tadeuzinho, referindo-se de forma indireta à ausência de Zema, que não esteve na visita de Lula a Minas Gerais, na última quinta-feira (12/6), nem enviou representantes. Lula veio anunciar investimentos para as cidades do entorno da Bacia do Rio Doce, atingidas pelo rompimento da barragem do Fundão, em 2015, e também entregar máquinas agrícolas para prefeituras do interior do estado. 

Ele também respondeu à nova cobrança feita pelo vice-governador Mateus Simões (Novo) para que sejam pautados os projetos de lei de autoria de Zema que permitem a privatização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig). Segundo ele, a Assembleia não aceitará “pressão”. 

“A Assembleia nunca funcionou e não funcionará sob pressão”, assegurou.  

“Especialmente sobre Cemig e Copasa, não adianta discutirmos esses dois projetos se não avançarmos primeiro na discussão do referendo. Precisamos entender se a casa vai autorizar ou não a retirada do referendo. Só depois devemos avançar nessa discussão”, defendeu.

 A Constituição Mineira proíbe a privatização dessas empresas sem que haja uma consulta prévia à população. Zema, por meio de uma proposta de emenda à Constituição, quer acabar com o referendo popular e também reduzir o quórum para aprovar a venda das principais estatais mineiras. O projeto do governador com essas previsões foi apresentado em 2023.   

Tadeuzinho afirmou ainda que o vice-governador pode ficar tranquilo, pois “a Assembleia não vai perder o prazo de nenhuma discussão do Propag. O tema central para todos nós, neste momento, é resolver a dívida”. 

Segundo ele, o parlamento também está envolvido na derrubada dos vetos de Lula para garantir melhores condições para a adesão do estado ao Propag. “Cada bilhão que conseguirmos diminuir de juros é uma ajuda para as pessoas nos quatro cantos do nosso estado”, afirmou.

Ele também aproveitou para sugerir ao governador que inicie as tratativas para a entrada de Minas no Propag, já autorizada pela aprovação, em dois turnos, pela ALMG, do projeto de lei que permite ao estado fazer essa adesão. “O governo deveria, inclusive, fazer uma manifestação formal para aderir ao Propag. Nós já aprovamos, inclusive, o projeto que autoriza o estado a aderir.”

"O estado pode já iniciar a tratativa, formalmente falando, com o governo federal, até para que a gente entenda quais são as dificuldades do governo do estado ou do governo federal em relação a essa discussão”, afirma. 

Um dos vetos que o governo Zema quer derrubar prevê o uso do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR) para abater parte da dívida. Outro veto retira da negociação do Propag as dívidas garantidas com instituições financeiras privadas e que estavam negociadas no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), atual modelo de refinanciamento das dívidas do qual Minas faz parte. Há ainda um veto que envolve a suspensão dos limites de gastos com pessoal na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para quem aderir ao Propag.

Tópicos relacionados:

eleicoes governodeminas minasgerais

Parceiros Clube A

Clique aqui para finalizar a ativação.

e sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os os para a recuperação de senha:

Faça a sua

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay