Internacional

Crise no Oriente Médio gera divisão no movimento 'MAGA' de Trump nos EUA

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Os falcões republicanos apoiaram os ataques de Israel ao Irã, mas a crise força o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a andar na corda bamba devido às fissuras no movimento ultraconservador "Make America Great Again" (MAGA), dividido entre intervencionistas e isolacionistas.

Trump, que defende o slogan "America First" (Estados Unidos em primeiro lugar, em tradução livre), concorreu às eleições como um pacificador e declarou, durante a campanha, que acabaria com as guerras no Oriente Médio e na Ucrânia. 

Agora, muitos de seus apoiadores observam a ofensiva de Israel como um teste e temem que os EUA sejam arrastados para as hostilidades.

O anúncio dos ataques foi aplaudido por Mark Levin, um analista político de direita. "Os iranianos estão a ponto de levar uma surra", declarou.

Mas uma parte dos ativistas do movimento MAGA, de Trump, se opõe a esta movimentação, não quer soldados americanos envolvidos e alerta contra demonstrações de apoio a Israel.

- "Complicado para Trump" -

"Isto é complicado para Trump, que já prometeu há muito tempo pôr fim às 'guerras eternas' e manter os Estados Unidos longe de imbróglios perigosos no exterior, explicou à AFP o cientista político da Universidade da Virginia Larry Sabato.

A base do movimento está dividida. De um lado, há uma forte corrente isolacionista, do outro, uma que incentiva o mandatário a para apoiar Israel. 

Tucker Carlson, uma voz proeminente da extrema direita americana e ex-apresentador da Fox News, recordou que "Trump fez campanha para a Presidência como um candidato da paz".

"Uma guerra com o Irã representaria uma profunda traição aos seus apoiadores", disse ele na semana ada, alertando que tal conflito poderia "muito facilmente se transformar em uma guerra mundial".

O chefe da diplomacia, Marco Rubio, normalmente um falcão da política externa, foi rápido em distanciar os EUA dos ataques "unilaterais" de Israel, que atingiram instalações de enriquecimento de urânio e mataram funcionários de alto escalão iranianos.

O próprio Trump insistiu que o Irã não poderia adquirir armas nucleares, mas afirmou, antes dos ataques, que era contra uma ação militar. 

Ele parece ter mudado de opinião na sexta-feira, dizendo à ABC que o ataque foi "excelente". Mas isto não agradará a muitos de seus apoiadores. 

Saagar Enjeti, um apresentador de direita do programa do YouTube Breaking Points, acusou o presidente republicano de decepcionar os isolacionistas do "America First".

- "Divididos" -

Charlie Kirk, um nome de destaque do MAGA e aliado mais leal do chefe de Estado, analisou a reação de sua audiência pró-Trump.

"Os e-mails são esmagadoramente contrários a que Israel faça isso, eu diria que é provavelmente uma proporção de 99 para um", comentou. 

Ele também perguntou se isso é compatível com a doutrina "America First". A conclusão: "Isto, neste momento, vai causar, acredito, uma grande cisão na comunidade MAGA on-line". 

Kirk perguntou aos seus cinco milhões de seguidores na rede social X se os EUA deveriam "se envolver na guerra de Israel contra o Irã" e quase 90% das mais de 300.000 pessoas que responderam até a manhã de sexta-feira disseram não. 

O ativista Jack Posobiec, também youtuber, alertou antes dos ataques que eles "dividiriam desastrosamente" a coalizão de Trump.

"As eleições do meio de mandato não estão longe e a maioria no Congresso já é muito apertada", advertiu.

Em vez disso, o movimento cristão evangélico, cujo apoio ao magnata em 2016 contribuiu muito para sua primeira vitória eleitoral, defende Israel, assim como muitos congressistas do movimento MAGA bastante intervencionistas. 

"Israel tem o direito de se defender (...) Deus abençoe nosso aliado", declarou o congressista Andy Harris.

rle-ft/vla/erl/mel/yr/mvv

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