Atingidos pela flecha do amor

Unir um casal não é tarefa fácil, mas certamente é muito gratificante. Neste dia dos namorados, casais que foram apresentados um ao outro celebram, além do amo

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Em histórias de amor, muito se fala sobre os apaixonados, mas pouco sobre cupidos que, conhecendo bem as pessoas, percebem que combinam e “trabalham” para formar o casal. O cupido, na mitologia romana, é o deus do amor, responsável por flechar os corações com seu arco e flecha e despertar a paixão e o amor entre as pessoas atingidas.


Os cupidos da atualidade e que falamos aqui não são bebês rechonchudos, com asas e nem mesmo carregam uma flecha, como tradicionalmente fazem em ilustrações. São, na verdade, homens ou mulheres que conhecem tão bem suas amigas e amigos a ponto de apresentá-los ao seu grande amor.
A história de casais unidos por um terceiro, são, muitas vezes, consequência de términos de outras relações ou de desilusões amorosas. Nesses casos, além de um apoio nos momentos ruins, as cupidas são figuras que apresentam uma nova possibilidade de amor às amigas ou amigos.

Fabi e Rodrigo foram presenteados com As gêmeas Maitê e Maria
Fabi e Rodrigo foram presenteados com As gêmeas Maitê e Maria arquivo pessoaL


Amor à primeira vista

A união dos sócios e fundadores da empresa Enlace Gestão, Fabiana Lopes e Rodrigo Franco foi resultado do trabalho bem-feito de uma amiga em comum, Raquel Caldeira. Os dois estavam abertos e em busca de um casamento, já sentiam que era o momento para isso, mas ainda não tinham conhecido o par perfeito.


Fabi havia terminado o seu primeiro casamento há quatro anos, período em que pôde aproveitar a solteirice também. “Eu já tinha 33 anos quando o conheci, já queria me casar e pensava em ter filhos”. Do outro lado, estava Rodrigo, que tinha chegado em Belo Horizonte após dez anos morando em diversas cidades do país. Depois de tanto tempo fora, ele queria conhecer não apenas uma mulher, mas novas amizades. Rodrigo chegou a conversar com Raquel, que já era sua amiga há anos, sobre isso. “Falei com ela que eu precisava conhecer mais gente, então ela me chamou para sair com um grupo de amigos”.


Fabi também foi convidada pela amiga para esse encontro no Nutreal, em Nova Lima. Lá, ela conheceu quem viria a ser seu marido. A empresária destaca que os dois estavam sentados em lados opostos na mesa do restaurante e, por isso, era difícil conversar. Por coincidência e sorte, o grupo de amigos precisou trocar de mesa e Rodrigo, sagaz, foi se sentar na frente de Fabi.


Papo vai, papo vem, ela foi percebendo que eles eram muito parecidos: faziam ou haviam feito aulas de francês, de culinária e de forró. “Lembro de ir ao banheiro, ligar para a minha melhor amiga e falar 'conheci o meu futuro marido, mas depois a gente conversa' ”, conta. Rodrigo pegou o telefone de todos os presentes no encontro para disfarçar, mas Fabi já sabia que era o contato dela que ele queria. Depois desse dia, saíram outras vezes e nunca mais se largaram.


Fabi morava sozinha e Rodrigo ou a ficar muito em sua casa. “Foi chegando um momento, depois de cerca de seis meses juntos, que falei com ele que já estava na hora da gente casar”. E em um dia qualquer, quando estavam na casa dos pais de Fabi, o casal decidiu que iria selar a relação com o casamento. “Foi algo muito leve, decidimos sortear com papeizinhos qual seria a data da cerimônia, e assim foi feito. Nos casamos no dia sorteado”, relembra Fabi. Neste ano, eles celebram 15 anos de casados.


Perseverança

Fabi e Rodrigo sonhavam em ter filhos, mas não conseguiam engravidar. Fizeram sete inseminações artificiais, e nenhuma deu certo. Fabi, que já tinha mais de 40 anos, quis desistir depois da sétima decepção, afinal, é um processo muito doloroso para a mulher. “Depois de armos por sete perdas nesse processo pude confirmar que ela é uma mulher de raça”, comenta Rodrigo.


Ele, que sonhava em ser pai, pediu para tentarem uma última vez. Para isso, o casal decidiu ir à São Paulo realizar o procedimento sem contar para ninguém, nem mesmo para os pais. “Fomos para lá algumas vezes escondidos para coletar óvulos, etc. Fizemos uma vez a inseminação e a gente engravidou”, comenta Fabi. O casal foi presenteado não só com uma, mas duas filhas. As gêmeas Maitê e Maria simbolizam a força e perseverança dos pais e, acima de tudo, de Fabi.


Dos pés à cabeça

A primeira coisa que a empresária e influenciadora Naty Vasconcellos reparou no homem que viria a ser seu par foram os pés, mais especificamente os sapatos que ele usava no dia em que se conheceram.

Tudo começou com um jantar que a cunhada de Naty, Marina Diniz, foi com a família. O padrinho dela é pai de Alexandre Machado, engenheiro e atual marido da empresária. Na ocasião, os pais dele falaram muitas coisas da personalidade de Alexandre que fizeram com que Marina achasse ele muito parecido com Naty.


A influenciadora ainda namorava, mas cunhada já falava “se um dia você terminar, jura que vai sair com o filho do meu padrinho?”. E assim foi feito. Quando completou dois meses do término do relacionamento de Naty, Marina chamou os dois para um jantar que estava dando em sua casa para alguns casais.


Naty não estava em busca de um novo relacionamento, estava treinando muito e se preparando para a maratona de Berlim, na Alemanha. Na semana do jantar, sem se lembrar do compromisso, Naty fez um peeling no rosto e também chegou a repensar sua ida por conta do descascamento da pele. Pela insistência de Marina, ela acabou indo ao encontro.


Lá, a primeira coisa que Naty viu na cozinha foram os pés de Alexandre, que calçava botas. “Logo pensei que ele era engenheiro pelo sapato, fui então subindo o olhar e achei ele lindo, mais ainda do que nas fotos, falo que foi paixão à primeira vista”, comenta.


Os dois conversaram tanto que quando se deram conta já eram duas horas da manhã. “O mais legal é que na nossa conversa, fomos direto ao assunto, falamos sobre o ado, ex-namorados, etc”. Na hora de irem embora, Naty combinou de levá-lo ao ponto de táxi. Quis o destino que nenhum carro estivesse no ponto, então a empresária decidiu deixá-lo ele em casa. “Na hora que ele foi sair do carro, ele me deu um beijo e, desde então, nunca nos separamos”, explica.


Paixão fulminante

Com cerca de um mês de relacionamento, Alexandre tomou uma atitude importante: resolveu ir até Berlim acompanhar a viagem que Naty faria com seus pais. Outros os marcantes foram levando o casal para um status além do namoro. “Com duas semanas de relacionamento, minha família já foi conhecer a família dele, as pessoas mais importantes para a gente estavam vivendo aquela intensidade ao nosso lado”, destaca.


E foi assim que, com três meses de namoro, eles noivaram. “Assim que ficamos noivos, já sabíamos que iríamos nos casar em Búzios, um lugar que fez parte da minha infância e do Alexandre”. Dois anos depois do casório, eles tiveram o primeiro filho, Davi, e outros dois anos depois tiveram o Daniel. Naty e Alexandre já compartilham uma década de companheirismo e amor.

 A amiga e atual cunhada de Lili Miarelli foi a responsável por apresenta-la ao irmão gustavo maia

A amiga e atual cunhada de Lili Miarelli foi a responsável por apresenta-la ao irmão gustavo maia

arquivo pessoaL


Cuidado diário

O casamento da influenciadora Lili Miarelli e do arquiteto Gustavo Maia já tem 19 anos e, segundo ela, os pequenos atos de afeto diários são parte essencial dessas quase duas décadas de cumplicidade.
Os dois se conheceram por meio de uma grande amiga de Lili que era cunhada de Gustavo na época, a Carolina Mattos. A amizade das duas aproximou a influenciadora do ciclo familiar dela, onde estava Gustavo. Por cerca de um ano, ambos se encontravam nessas ocasiões, mas nada ia além disso, até porque cada um deles namorava outra pessoa.


Depois de terminarem seus antigos relacionamentos, Gustavo demonstrava interesse e Carol sempre reava mensagens e elogios dele para a amiga. “Um dia, ele me convidou para seu aniversário e eu fui, aí nós ficamos pela primeira vez e nunca mais nos soltamos”, conta Lili.


O relacionamento deles seguiu bem o “roteiro tradicional” e, com quatro anos de namoro ficaram noivos. Em uma viagem ao Chile para “buscar” o namorado que estava há 20 dias fazendo um curso no país, Lili foi surpreendida com o pedido. “Estávamos em um restaurante japonês e quando chegou a sobremesa, fui comer e dentro dela estava a aliança, foi uma grande surpresa”.


Oito meses depois do casório, o pai de Lili faleceu e ela ou a desejar, como nunca, ser mãe. “Parecia que eu queria preencher algo em mim”. Seu marido, que queria ir com mais calma, a presenteou no fim do mesmo ano, no Natal, com uma colher de bebê de prata, dizendo que gostaria de, em breve, poder usá-la. No mês seguinte, em janeiro, eles engravidaram da primeira filha, Gabriela. Depois de quatro anos, Mateus nasceu e completou a família.


Hoje, além dos filhos que são verdadeiros alicerces, o que mais une o casal são os atos de amor recorrentes e momentos a dois. “Meu marido não é um homem que me enche de flores ou que posta muitas coisas nas redes sociais, mas sinto que os atos dele são muito mais verdadeiros e coerentes, e são diários”, comenta Lili.

Rafael Viegas e Fernanda Lages se conheceram no aeroporto
Rafael Viegas e Fernanda Lages se conheceram no aeroporto arquivo pessoaL


O destino como cupido

O cupido de Fernanda Lages, consultora pedagógica, e do engenheiro Rafael Viegas não foi uma pessoa, mas sim, o acaso. Os dois já se conheciam da faculdade, mas não eram amigos. Ambos, aliás, viviam viajando pelo país, apesar de terem a base familiar em Belo Horizonte.


Foi em uma dessas viagens de trabalho ao Rio de Janeiro, onde Rafael morava na época, que eles se encontraram no aeroporto. No avião, ela se sentou na poltrona em frente a dele, e durante a curta viagem, eles foram batendo papo. Na hora de se despedirem, Rafael não pediu o número de telefone de Fernanda, e isso a deixou um pouco frustrada, já que, naquele momento, ela já tinha sentido algo diferente. “Ele fala que não fez nada no avião porque achava que ela não daria bola para ele”, diz.


O destino foi tão preciso que, no dia seguinte, Rafael apareceu no tinder de Fernanda e, claro, eles deram “match”. Os dois aram a conversar por mensagens por iniciativa dela e, dez dias depois do primeiro encontro no aeroporto, conseguiram marcar um jantar. “Começamos a sair e em duas semanas já me declarei para ele, dizendo que estava apaixonada. Eu falo que não pedi, só anunciei nosso namoro”.


A atitude dela só reforçou o amor e a paixão que Rafael sentia e sente até hoje, com seis anos de relação. “Atitude é o sobrenome dela, e fico feliz em ver que ela tem essa mesma atitude que usou ao me procurar para enfrentar desafios e situações que a vida nos apresenta”, comenta o engenheiro.
Assim, menos de um mês depois do encontro no aeroporto, os dois já estavam namorando. As viagens, no entanto, não pararam. Nesse início de relacionamento, Fernanda e Rafael conseguiam se ver praticamente só aos finais de semana, devido aos desencontros de suas rotas.


Dois anos depois do início do namoro, eles foram para São Paulo morar juntos, e esse foi um o importante para o casal. Em 2023, ainda na capital paulista, Rafael teve um problema de saúde e esse momento de introspecção o motivou a pedir Fernanda em casamento.


A cerimônia realizada no último ano foi muito emocionante para os noivos e convidados, afinal, retratou bem a história deles. O casal encontrou um espaço que tinha uma vista para o aeroporto de Confins, onde se conheceram, e não tiveram dúvidas que o casório seria ali. As idas e vindas de aviões que pousavam e partiam do local simbolizou perfeitamente a trajetória deles, que viveram voando para lados opostos por muito tempo para que, enfim, pousassem juntos na cidade que amam: Belo Horizonte. 

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