
Brasileiros são azarões no Mundial de Clubes
Duvido que alguém que goste de futebol não esteja interessado na Copa do Mundo de Clubes
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Estou com grande expectativa pela disputa da primeira Copa do Mundo de Clubes da Fifa, também chamado de Super Mundial de Clubes, a partir deste sábado (14/6). Na verdade, me pego pensando em como as equipes brasileiras irão se portar na disputa, que reúne algumas das agremiações mais vencedoras do mundo, que detém os maiores orçamentos.
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Não acredito que Botafogo, Flamengo, Fluminense ou Palmeiras tenham chance de título. No caso do Botafogo, é difícil até mesmo que avance às oitavas de final, pois caiu em um grupo que Atlético de Madrid e Paris Saint-Germain, além do Seattle Sounders-EUA, que jogará todas as partidas da fase de grupos em casa.
Mesmo em chaves com equipes com menos tradição, a tarefa dos brasileiros é complicada, pois, dos 36 participantes, 12 são europeus. Claro que, entre os do Velho Continente, existem alguns que não metem medo, caso do Salzburg-AUT e dos portugueses Benfica e Porto – o que não significa que não possam vencer qualquer adversário.
Com todos os outros nove europeus, os clubes nacionais entram em desvantagem. Contra alguns, inclusive, se houvesse lógica no futebol, seria normal levar goleadas.
Mas futebol não é matemático, o que mantém a esperança verde-amarela. Além disso, os do outro lado do Atlântico estão em fim de temporada, enquanto nossos jogadores completam seis meses de disputas e ainda tiveram as duas últimas semanas sem jogos em função da chamada Data Fifa.
Duvido que alguém que goste de futebol não esteja interessado na Copa do Mundo de Clubes. Nem que seja para gozar os torcedores dos times que vão participar, todo mundo estará ligado.
Aliás, isso já começou. Tanto que ouvi o seguinte diálogo entre dois colegas de trabalho:
– Viu o agasalho do Fluminense para o Mundial? É lindo. Mas custa muito caro.
– Quanto?
– R$ 2.499.
– Espera o time ser eliminado com uma goleada que vai cair para uns R$ 500.
– Prefiro que continue caro.
Boas férias, Carletto
A classificação da Seleção Brasileira à Copa do Mundo de 2026 sempre me pareceu questão de tempo, mas o futebol apresentado com a chegada de Carlo Ancelotti deu novo ânimo ao torcedor verde-amarelo. Não que o Escrete Canarinho tenha jogado o fino da bola, dado show nos jogos contra Equador e Paraguai, mas ao menos teve mais organização defensiva e apresentou alguma ideia de jogo ofensivo no caso da partida diante dos paraguaios.
Ainda é cedo para falar que o time seguirá em evolução, que em um ano ará de favorito por sua história a grande postulante ao título pelo futebol praticado. O técnico italiano sabe que terá muito trabalho e, logo após a vitória por 1 a 0 na última terça-feira (10/6), em São Paulo, afirmou que só pensava em férias, pois sabe do trabalho hercúleo que terá.
É bom que ele descanse e volte com as baterias recarregadas para as duas últimas rodadas das Eliminatórias de 2026. Mesmo com a Seleção já garantida, precisa vencer os compromissos que faltam, ganhando confiança para a preparação final para o próximo Mundial.
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Ele tem algumas decisões a tomar. Uma delas é sobre a convocação ou não de Neymar, nosso jogador de maior qualidade, mas que, infelizmente, não parece disposto a abrir mão de seu estilo de vida para recuperar a melhor forma física e técnica e tentar, finalmente, ser campeão mundial com a Amarelinha.
Como diriam os antigos, como eu, estou aguardando ansiosamente “as cenas do próximo capítulo”.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.