
Tempo de inflação: a soma da lista de supermercado desanima qualquer um!
Guardo a lista de oito anos atrás. O pacote de arroz custava R$ 15,48, hoje custa R$ 41,50. A lata do azeite ou de R$ 14,98 para R$ 45,90
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Acho a maior graça do mundo quando os jornais anunciam que o governo está fazendo a maior força para acabar com a inflação. E libera a importação de vários produtos, como carne, café (não exportamos os dois?), açúcar, milho, sardinha, etc. Guardo uma lista antiga de mercearia, daquelas que traziam o nome do produto fácil de ler (hoje, só santo consegue fazer isso), relativa a compras feitas há oito anos.
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Na época, 1kg de farinha de trigo custava R$ 2,48, o quilo hoje está a R$ 6; um pacote (5kg) de arroz custava R$ 15,48, hoje custa R$ 41,50. Eu comprava 5kg de açúcar por R$ 9,80 e agora está por R$ 27,80; a lata do azeite ou de R$ 14,98 para R$ 45,90; o óleo de soja, de R$ 6,40, atualmente custa R$ 9. Por meio quilo de café pagávamos R$ 9,50 e hoje está por R$ 53.
Esses preços e seu aumento em poucos anos são de insumos que todas as casas usam, não é nenhum luxo extra. Como todos os outros itens sobem na mesma proporção, a soma da lista de mercearia desanima qualquer um, fazendo furo sem tamanho no salário.
Tenho a mania de fazer sozinha a compra das necessidades da cozinha, porque vou avaliando o custo de cada item e seu uso no cardápio mensal. Costumo montar o pré-cardápio do que será preparado em cada fim de semana. Com isso, organizo o que será servido todos os dias e nos diferentes, sábado e domingo.
Outro cuidado importante: ir ao supermercado abre uma boa saída para a criação de pratos. Produtos não pensados se transformam em nova proposta para a mesa dominical. Se a dona de casa vê o feijão-branco que acabou de chegar, pensa logo em como ele vai combinar com carne de porco ou legumes.
É bom fazer as contas da diferença de custo entre o prato pronto, comprado no restaurante, e o feito em casa. Numa época de falta de tempo, acostumei-me a comprar feijoada pronta para o fim de semana. Achei que estava gastando mais do que o prazer que a comida dava e resolvi fazer em casa.
O preço de duas porções dava para para comprar todos os ingredientes necessários, inclusive o que o prato comprado nunca tem: pé de porco e peles, por exemplo. E ainda sobrava feijoada para o resto da semana.
Nestes tempos sem previsão que estamos vivendo, fazer economia não é crime. Crime é gastar com futilidades, acredito eu.
Quando vejo a quantidade de unhas postiças aplicadas para serem logo retiradas, fico pensando se não seria melhor deixar as unhas crescerem. Não daquele tamanho imenso que algumas mulheres estão usando, mas de tamanho mais condizente com o que a natureza nos permite ter. Esse tipo de gasto sem propósito, só para seguir a moda, é uma tolice sem desculpa nestes tempos de inflação.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.